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Sondagem a Percussão (SP) - Ensaio de Penetração Padronizado - SPT

O ensaio de penetração padronizado, também denominado Stand Penetration Test (SPT) é executado no transcorrer da Sondagem a Percussão com o propósito de se obterem índices de resistência à penetração do solo (Norma ABNT 6484). Para determinação do torque e para empregá-lo conforme característica do terreno, recomenda-se consultar (Ranzini 1988), Décourt e Quaresma Filho (1994), Ranzini (1994) e Alonso (1994).

O ensaio de penetração deve ser executado a cada metro, a partir de 1 metro de profundidade da sondagem, ou conforme especificação da Fiscalização.

As dimensões e detalhes construtivos do barrilete amostrado deverão estar rigorosamente de acordo com o indicado na Figura I, a seguir: 


As hastes a serem utilizadas deverão ser do tipo Schedule 80, retilíneas, com 25,4 mm (1") de diâmetro interno e dotadas de roscas em bom estado, que permitam firme conexão com as luvas, e massa de aproximadamente 3 kg/m. Quando acopladas, as hastes deverão formar um conjunto retilíneo. Deve-se verificar a presença de válvula esférica no barrilete antes do ensaio penetrométrico, especialmente em terrenos não coesivos ou abaixo do nível freático.

O fundo do furo deverá estar limpo. Caso sejam observados desmoronamentos da parede do furo, o tubo de revestimento precisará ser cravado de tal modo que sua boca inferior fique posicionada 10 cm acima da cota do ensaio penetrométrico. Nos casos em que, mesmo com o revestimento cravado, ocorrer fluxo de material para o furo, o nível de água no furo deverá ser mantido acima do nível do terreno, por adição de água. Nesses casos, a operação de retirada do equipamento de perfuração deverá ser feita lentamente.

O ensaio de penetração consistirá na cravação do barrilete amostrador por meio do impacto de um martelo de 65 kg, caindo livremente de uma altura de 75 cm sobre a composição das hastes. 

O martelo para cravação do amostrador deverá possuir uma haste-guia, na qual deverá estar claramente assinalada a altura de 75 cm. Em torno da haste-guia, num recesso circular, deverá estar alojado um coxim de madeira de lei, com fibras paralelas à haste-guia, para que o impacto com a composição não se dê diretamente entre os aços. O martelo deverá ser erguido manualmente, com auxílio de uma corda e polia, fixas no tripé. É vedado o emprego de cabo de aço para erguer o martelo. A queda do martelo deverá ocorrer verticalmente sobre a composição, com a menor dissipação de energia possível.

O barrilete deverá ser apoiado suavemente no fundo do furo, confirmando-se que sua extremidade se encontre na cota desejada e que as conexões entre as hastes estejam firmes e retilíneas. A ponteira do amostrador (bico) não poderá estar fissurada ou amassada.

Colocado o barrilete no fundo, deverão ser assinalados com giz, na porção da haste que permanecer fora do revestimento, três trechos de 15 cm cada um referidos a um ponto fixo do terreno. A seguir, o martelo deverá ser suavemente apoiado sobre a composição de hastes, anotando-se a eventual penetração observada. A penetração obtida dessa forma corresponderá a zero golpe.

Não tendo ocorrido penetração igual ou maior do que 45 cm no procedimento anterior, inicia-se a cravação do barrilete da queda do martelo. Cada queda do martelo corresponderá a um golpe e serão aplicados tantos golpes quantos forem necessários à cravação de 45 cm do amostrador, atendida a limitação do número de golpes indicados  a seguir. Deverão ser anotados o número de golpes e a penetração em centímetros para a cravação de cada terço do barrilete; caso ocorram penetrações superiores a 15 cm (cada terço do barrilete), estas deverão ser anotadas, sem fazerem-se aproximações. Após o término de cada ensaio SPT, a sondagem prosseguirá, conforme definido em: Sondagem a Percussão (SP) - Procedimentos - Execução com qualidade, eficiência e segurança até a cota do novo ensaio. 

O valor da resistência à penetração consistirá no número de golpes necessários à cravação dos 30 cm finais do barrilete amostrador.

A cravação do barrilete será interrompida quando se obtiver penetração inferior a 5 cm após dez golpes consecutivos, não se computando os cinco primeiros golpes do teste, ou quando o número de golpes ultrapassar 50 em um mesmo ensaio (45 cm do amostrador). Nessa condições, o material será considerado impenetrável ao SPT, devendo ser anotados o número de golpes e a penetração respectiva.

Atingidas as condições descritas acima, os ensaios de penetração deverão ser suspensos. No caso de prosseguimento da sondagem pelo método rotativo, os ensaios SPT serão reiniciados quando, em qualquer profundidade, voltar a ocorrer material suscetível de ser submetido a esse tipo de ensaio. 


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Bibliografia recomendada:

ABNT NBR 6484/01 - Solo - Sondagens de simples reconhecimentos com SPT - Método de ensaio: acesse aqui


Referência Bibliográfica:

Manual de Sondagens/ Coordenador Ivan José Delatim; comissão coordenadora Elisângela Oliveira [et al.]. 5.Edição, São Paulo: ABGE - Associação Brasileira de Geologia de Engenharia e Ambiental, 2013.


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