O Ensaio de Módulo de Resiliência é realizado conforme os itens prescritos na norma DNIT 134/2018, e tem como objetivo submeter materiais a condições de cargas similares aquelas a que os pavimentos são submetidos, reproduzindo os estados de tensões
Resiliência significa energia armazenada em um corpo deformado elasticamente, que é desenvolvida quando cessam as tensões causadoras das deformações, ou seja, é a energia potencial de deformação. O Módulo de Resiliência por definição é a relação entre a tensão vertical desviadora e deformação resiliente correspondente, e é obtido para pares de tensões definidos, confinante e desviadora.
Imagem 01: Equipamento para realização de Ensaio Triaxial Dinâmico - Suporte Solos
Em laboratório, utiliza-se equipamentos de carga repetida, o Ensaio Triaxial Dinâmico do tipo Módulo de Resiliência. Realizado a partir da moldagem de corpos de prova cilíndrico em amostras indeformadas ou deformadas, tem como objetivo submeter o material a condições de cargas similares aquelas a que os pavimentos são submetidos, reproduzindo os estados de tensões atuantes causados pelo movimento do tráfego.
Imagem 02: Montagem do corpo de prova para realização de Ensaio Triaxial Dinâmico
O ensaio é executado em duas etapas, sendo a primeira etapa o condicionamento do material ensaiado, com a finalidade de minimizar os efeitos de deformação plástica, e a segunda, a realização do ensaio, aplicando-se os pares de tensão confinante e desviadora predefinidos e medindo-se a deformação especifica resiliente correspondente.
Após moldagem o corpo de prova este é disposto em uma pedra porosa, onde é desmoldado as três partes do cilindro de moldagem e depois envolto com uma membrana de borracha e sobre ele colocado cabeçote, onde será o elo de contato entre o sistema pneumático e o corpo de prova.
Imagem 03: Célula montada em equipamento de Ensaio Triaxial Dinâmico
Na etapa seguinte é instalado o sistema de LVDT na face do corpo de prova, e em posição do terço médio do corpo de prova, a fim de obtermos a distância H0, que se torna a base de medida referência para as deformações durante ensaio. Os LVDTs têm a função de registrar os deslocamentos verticais durante o ensaio.
Imagem 04: Realização do Ensaio Triaxial Dinâmico
A Prensa Triaxial Dinâmica, através de configurações realizadas em software dedicado do equipamento. Para isso, o equipamento combina aplicações de diferentes pares de tensões no corpo de prova, tensões desviadoras cíclicas (com frequência ajustável) combinada com pressões confinantes. A Prensa Triaxial Dinâmica possui acionamento pneumático, e é controlada digitalmente por microprocessador eletrônico com sistema de aquisição eletrônica de dados através do software para a realização de ajustes, configurações e aquisição de dados.
Imagem 05: Software com dados obtidos durante a realização de Ensaio Triaxial Dinâmico
O ensaio divide-se em duas fases, sendo a primeira fase a de condicionamento, fase esta que tem a função de mitigar/eliminar os efeitos da deformação plástica e passado a fase do acondicionamento é realizada a segunda fase com a aplicação de 18 pares de tensões, todas com registro das deformações. Assim com os dados da segunda fase é obtido o valor de MR para cada par de tensão.
Com os valores para cada par de tensão pode-se obter modelos ajustados por regressão aos pontos experimentais, e assim é possível determinar o comportamento elástico do material, linear ou não linear.
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