"O futuro não é o lugar para onde estamos indo, mas o lugar que hoje estamos construindo." 

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Instrução de Serviço IS-247 e o Método de Dimensionamento Nacional (MeDiNa): Uma Abordagem Avançada para Projetos Rodoviários no Brasil

O dimensionamento de pavimentos rodoviários é essencial para a durabilidade e segurança das rodovias. No Brasil, a Instrução de Serviço IS-247, desenvolvida pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), estabelece diretrizes para a elaboração de projetos de pavimentos usando o Método de Dimensionamento Nacional (MeDiNa). Este método representa um avanço significativo, pois adapta o dimensionamento de pavimentos às características geotécnicas e climáticas brasileiras, utilizando parâmetros específicos, como o Módulo de Resiliência (MR) do subleito, para assegurar o desempenho adequado das rodovias sob tráfego intenso.

Objetivo e Importância da IS-247

A IS-247 padroniza o processo de dimensionamento de pavimentos, promovendo métodos que refletem fielmente as condições de uso e de suporte das rodovias no Brasil. Com a IS-247, o DNIT busca:

 Assegurar maior durabilidade dos pavimentos ao adaptar as metodologias de projeto às características regionais.

Reduzir custos de manutenção e intervenções ao longo da vida útil das rodovias.

Melhorar a segurança e o conforto dos usuários, por meio de pavimentos dimensionados para suportar as cargas previstas de forma eficiente.

 

Imagem 1: Corpo de prova - Ensaio Triaxial Dinâmico - Suporte Solos

Método de Dimensionamento Nacional (MeDiNa)

O MeDiNa é baseado em modelos mecanístico-empíricos, que combinam parâmetros físicos dos materiais e simulações de carga para prever o desempenho do pavimento ao longo do tempo. Diferente de métodos empíricos tradicionais, o MeDiNa utiliza parâmetros como o Módulo de Resiliência (MR) e o coeficiente de variação do subleito para projetar pavimentos de forma mais personalizada e precisa. Essa abordagem permite prever o comportamento estrutural do pavimento sob diferentes condições de tráfego e clima, essencial para um país de dimensões continentais como o Brasil.

 

Imagem 2: Equipamento de Ensaio Triaxial Dinâmico - Suporte Solos

Módulo de Resiliência (MR) nos Ensaios de Subleito

Um dos aspectos técnicos centrais da IS-247 é a inclusão do Módulo de Resiliência (MR) como parâmetro essencial nos ensaios de subleito. O MR mede a capacidade do solo de se deformar elasticamente sob a aplicação de cargas repetidas, simulando condições reais de tráfego. Este parâmetro é crítico para o dimensionamento de pavimentos, pois:

 Indica a resistência e a durabilidade do solo frente às cargas aplicadas, especialmente em regiões de tráfego pesado.

Permite a identificação de segmentos homogêneos de subleito, facilitando o projeto de camadas de pavimento com características mais uniformes.

Apoia decisões sobre a necessidade de estabilização ou reforço do solo, quando valores de MR indicam baixa capacidade de suporte.

A IS-247 recomenda que o MR seja determinado conforme os ensaios normalizados pelo DNIT 134/2018 e DNIT 135/2018, que garantem a precisão e a reprodutibilidade dos resultados.

 

Procedimentos Técnicos e Diretrizes Específicas da IS-247

Para a realização de estudos conforme a IS-247, algumas etapas e requisitos técnicos devem ser cumpridos:

 Estudos Preliminares: Análise geotécnica inicial, incluindo a coleta de amostras de solo para determinação do MR e a avaliação da necessidade de reforços.

 Definição de Segmentos Homogêneos: Com base nos valores médios e no coeficiente de variação do MR, define-se a homogeneidade do subleito ao longo do trecho em estudo. Essa análise possibilita a adequação de cada segmento às características específicas de carga e solo.

 Simulação de Cargas e Condições Climáticas: Utilizando modelos mecanístico-empíricos, são simulados os impactos do tráfego e do clima, especialmente a variação de umidade e temperatura, sobre o desempenho do pavimento.

 Dimensionamento e Análise de Alternativas: A partir dos dados obtidos, são dimensionadas as camadas do pavimento e analisadas alternativas de materiais e métodos construtivos que maximizem a durabilidade e o custo-benefício da obra.

Aplicação de Normas Técnicas Complementares: A IS-247 é complementada por outras normas, como DNIT 181/2018 (para métodos de avaliação do MR), que visam garantir que os dados obtidos nos ensaios atendam a padrões de confiabilidade e precisão.

 

Imagem 3: Equipamento de Ensaio Triaxial Dinâmico - Suporte Solos

Benefícios da Aplicação do MeDiNa

O uso da IS-247 e do MeDiNa traz uma série de benefícios técnicos e econômicos para o dimensionamento de pavimentos no Brasil:

 Redução de custos de manutenção: Pavimentos dimensionados com base no MR tendem a apresentar maior resistência ao desgaste, reduzindo a necessidade de intervenções frequentes.

Adequação ao clima brasileiro: A IS-247 permite que os projetos de pavimento levem em conta a variação climática e as condições específicas do solo em diferentes regiões.

Desempenho aprimorado sob tráfego intenso: O MeDiNa assegura que os pavimentos sejam dimensionados para suportar os volumes e pesos de tráfego previstos, aumentando a segurança e a eficiência da rodovia.

 

Imagem 4: Realização de Ensaio Triaxial Dinâmico - Suporte Solos

Desafios e Considerações para a Implementação

Apesar dos benefícios, a implementação da IS-247 e do MeDiNa exige infraestrutura laboratorial especializada e capacitação técnica, especialmente para a realização de ensaios de MR e para o uso de modelos mecanístico-empíricos. Além disso, a variabilidade do subleito brasileiro representa um desafio na definição de segmentos homogêneos, sendo necessária uma abordagem criteriosa para garantir que os resultados dos ensaios sejam representativos.

 

Imagem 5: Rastreabilidade de Amostra - Corpo de Prova para Ensaio Triaxial Dinâmico - Suporte Solos

Experiência da Suporte no Atendimento às Exigências da IS-247

Ao longo dos últimos 13 anos, a Suporte tem realizado inúmeros ensaios de subleito para concessionárias de rodovias e empresas de projeto, contribuindo diretamente para a implementação de projetos rodoviários mais seguros e duráveis. A Suporte foi uma das pioneiras no setor a adquirir e operar um equipamento de triaxial dinâmico, o que possibilitou a realização de ensaios de Módulo de Resiliência (MR) e Deformação Permanente (DP) com precisão avançada. Esse investimento, feito com a visão de acompanhar os avanços técnicos e normas, permite que nossa equipe compreenda em detalhe o comportamento do solo em termos de sua capacidade de deformar elasticamente sob cargas repetidas, essencial para o sucesso dos projetos rodoviários que seguem as diretrizes do Método de Dimensionamento Nacional (MeDiNa). A Suporte continua comprometida em oferecer soluções técnicas de ponta para atender às exigências de um setor cada vez mais voltado à durabilidade e à segurança estrutural das rodovias brasileiras.



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